Adorei a fala do professor. Eu, realmente, fiquei muito revoltada quando vi uma matéria no jornal sobre essa polêmica e a forma como as pessoas estão vendo o fato. Anseio pelo dia que as pessoas pararem de dizer que nós não sabemos falar, ou que falamos errado, ou que nossa gramática é errada. Todo falante nativo de português brasileiro domina com perfeição o português brasileiro. Todos nós possuímos uma gramática desenvolvida desde o momento que aprendemos a formar frases pra expressar nossas vontades, nossos medos e nossas travessuras ainda novinhos, nos primeiros anos. O grande problema é que o país ainda é muito despreparado, no quadro de professores de português, com relação às "novas" teorias e didáticas. Fico feliz que o quadro está mudando... Era de se esperar que introduzir a desmistificação de um "português correto" causasse tanta polêmica por aqueles que, cuturalmente, aprenderam que é errado falar " nós vai no banheiro". No entanto, é um preço justo a pagar se pensarmos que, dessa forma, daqui há alguns anos, pararemos de "matar" pessoas descontruindo toda sua vida com falas do tipo: você não sabe falar; Para de falar errado, menino!
São com essas atitudes que conseguimos destruir uma pessoa sem nem ao menos pecebermos. Fiquei extremamente feliz quando o professor lembrou do caso do francês, onde a marcação do plural é feita pelo pronome. Como ele bem disse, o francês está num estágio de evolução bem à frente do português brasileiro. Mas logo, a língua que usamos hoje, não será a usada. Pra comprovar é só pegarmos um livro escrito há alguns anos que veremos a diferença. A língua é viva, minha gente. E dessa forma, ela evolui. Vamos nos desprender dessa ilusão imposta pelos gramáticos defensores de uma língua lusitana de que falamos errado. Nosso português é brasileiro, não português! O português de Portugal, nunca foi o falado pelo povo brasileiro. Desde a colonização, esse portugues teve contato com línguas indígenas e, posteriormente, africanas, sofrendo influência de ambas e, consequentemente, criando uma nova língua, que vem mudando durante os séculos.

Pois é...

Todo mundo falando do assassínio ocorrido no Rio. Impossível não sentir-se mal com a situação. Mas acho que o que mais me perturba é saber o quão precipitados podem ser o parecer que as pessoas têm sobre o assunto. Não quero parecer a dona da verdade ou algo do tipo, mas fico muito triste quando vejo as pessos simplesmente julgarem o ocorrido de forma tão comum..., tão... senso comum. Essa semana recebi um e-mail onde havia uma pequena matéria jornalística que dizia que o que houve foi porque foi proibido de se ensinar religião naquela e noutras escolas. Que o Brasil tinha que parar de tratar, em sala de aula, como algo normal o homossexualismo e a prostituição e levar a palvra de Deus...
...
Me doeu tanto que fiquei estupefata por algum tempo. Juro que não entendo esse senso pseudo-moralisa que prega um deus tão bondoso, justo,igualitário; que prega que todos devemos ser bons para com nossos irmãos e acabam fazendo exatamente o contrário: aumententando o preconceito pelos quais várias pessoas vem sendo vítimas todos os dias. Na minha opinião, o Brasil, e o mundo todo, tem de deixar de ser hipócrita e fazer jus à sua propaganda. É doentiu ver aqueles que querem parecer "santos" escrever algo tão cheio de preconceito, pré-conceito e ódio.
Não acho que aquele rapaz deva ser visto como culpado e simplesmente isso. Culpado pela morte daquelas pessoas, ele é sim, ninguém há de dizer o contrário, creio. Mas..., porque ele fez aquilo? Não há como dizer que um fator apenas o levou a fazer o que fez.
Creio que seja uma série de condicionantes, a começar por uma crença cega, exagerada e que não pode ser julgada pior que qualquer outra. Mas, não acho que ninguém, de outra crença alguma, possa julgar as atidudes dele como se fosse cheio da razão, enquanto que, passivamente, faz coisas tão horríveis quanto, e que, muitas vezes, as pessoas nem percebem, por ser algo que todos concordam, por ser um consenso.
Espero que um dia o Brasil..., melhor, as pessoas consigam enchergar a "verdade". Consigam ver aquilo que realmente importa e tentem entender as pessoas, que são reais. Isso não é um texto ateu, tampouco um texto anti-relioso. É apenas o texto de alguém que se revolta com a "cegueira" do mundo.

Mais uma decisão...

Hoje estive pensando em o que eu quero da minha vida... Decidi que não sei, ao certo, o que quero. Descobri que há coisas muito mais importantes do que aquilo que sempre os adultos tentaram me ensinar. Vejo que há coisas muito além de um emprego, uma profissão, admiração. vejo que assim não serei feliz. Serei mais uma pessoa bem-sucedida vista pelos mais novos como alguém em quem querem se tornar. Acho que há coisas mais simples, fáceis e gostosas de se fazer do que podemos imaginar. Descobri que mesmo que eu tente não posso colocar o meu eu-racional à frente do meu eu-sentimental. Sei que não pensaria duas vejos diante de certas coisas...

Decidi que sei, ao certo, o que quero...

O tom

É impressionante como mudamos de humor tão rapidamente... Pequenas palavras, gestos, ações, têm tanta influência sobre nós. Estamos felizes, ou simplesmente, "normais", por não ter nada ocorrido para que ficássemos tristes ou bravos e, de repente, pá!, somos só um poço de tristeza. Um pontinho de nada nos faz lembrar tanta coisa, temer outras tantas... Rever conceitos, posturas, duvidar do que era real... Tenho medo desses momentos. Sou muito radical. Dá vontade de jogar tudo pro ar. Não pensar em nada, só sentir a revolta que faz meu coração pulsar mais intensamente. Depois vem o sentimento de arrependimento. Vontade de ter sido mais compreensiva, mais complacente. Acho que não estou/sou preparada para o inesperado. Não sei como agir. E sempre me arrependo de como agi. Só sei que, nesse momento, queria voltar no tempo...

Queria poder entender de psicologia... Entender de gente... Entender de sentimentos... Acho que entendo um pouco de gente... De sua mente... De sentimentos... Gostaria de entender minha mente... Me entender... Entender meus sentimentos...

Um pouco de metafísica

"[...]O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo... [...]"

Esse trecho de O Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, faz parte do capítulo do qual mais gosto, por toda sua sensibilidade, beleza e poesia. No entanto, me pergunto se estou de acordo. E vejo que não consigo pensar dessa forma. Acho que nenhum homem conseguiria simplesmente olhar as coisas e aceitá-las tais como são, sem indagar-se sobre a razão de elas serem assim. Creio ser muita injustiça pedir a alguem que aceite sem remorso e sem raiva as injustiças da vida. Que aceite ver as crianças morrerem sem perguntar onde está o deus que elas e suas famílias adoram. Isso é estar doente? Não... Isso é ser racional. Isso é ser humano. A metafísica está inseparavelmente ligada à humanidade. É impossível viver sem ela. Sem nos perguntarmos, vez ou outra, porque o mundo existe, porque nascemos, porque as pessos boas morrem enquanto as pessoas que não demonstram nem um pouco de bondade, continuam divertindo-se nas ruas e causando mais sofrimento. Sim, Caeiro, devemos viver cada instante como deveria ser: único. Ímpar. O primeiro. deveríamos ver a beleza da natureza, pela qual estamos rodiados e esquecemos de observar. Mas não devemos aceitar o mundo como é. Pois se fossemos comparar a beleza e a feiura do mundo, ficaríamos envergonhados de nossos irmãos e de nós mesmos...

A primeira música...

Não sei se devido à calmaria, ou às palavras sábias, ou, ainda, à profundidade dos sentimentos transmitidos por ela, mas essa música soa como terapia para mim...

...

Minha vida é construída a partir de desejos...
Uns dos meus maiores desejos é o de ser forte... De mostrar para todos que sou forte... Mas tem dias que eu acordo mais mulher que nunca..., mais sensível... E tudo o que busco são palavras de carinho..., reciprocidade..., amor... Geralmente não os encontro... Ou, se os encontro, não consigo vê-los... Nada é suficiente... Eu não sou suficiente... E aí faço o que melhor sei fazer...: me desligo...
É uma coisa estranha que sempre faço quando não quero me machucar... Fujo... Fujo dos meus pensamentos..., os bloqueio, ignoro aqueles de quem mais preciso, mas que sei que irão me machucar... Sinto-me covarde.... E ao mesmo tempo forte.... Acho que preciso.... me encontrar....

!!

Hoje é mais um daqueles dias nos quais paro e penso sobre minha vida e sobre o que estou fazendo dela. Cara, cansei (e isso não é de hoje) de ser tão desorganizada. Até que tento me organizar de vez em quando, mas isso só dura um dia ou algumas horas. Percebo que estou deixando a vida e as oportunidades que estou tendo passar diante dos meus olhos sem nada fazar. Olha esse blog! Há quanto tempo eu o tenho? E quantos textos eu escrevi? A ideia era escrever sobre as coisas que me interessam e sobre o que eu penso sobre determinadas coisas. Mas olha como está! E o pior é que quase a totalidade da minha vida está do mesmo jeito: esperando o amanhã. Queria poder ter coragem de encarar a vida sozinha. De não esperar por ninguém. Por nada. Mas sempro estou deixando pra fazer amanhã o que eu poderia fazer agora, já!, e quando o amanhã chega estou ocupada demais com as coisas "mais urgentes" e acabo fazendo nada! Cansei! Estou cansada! Quero ação! Quero aprender, sou e estou cada vez mais sedenta por conhecimentos. A partir de hoje.... Nova Era.

Simplicidade

A vida passa tão rápido... Tenho medo de não ter tempo de vivê-la... De não saber vivê-la...
É tão linda... Tão esplêndida, tão maravilhosa tão perfeita... Tão perfeita... Tão linda e perfeita... Tudo se encaixa, tudo contrasta. É tão perfeita... Porque simplesmente não conseguimos admirá-la? Os pequenos insetos, árvores, plantas que nascem e vivem em lugares quase inabitáveis...? Porque essas coisas nos passam tão despercebidas todos os dias? Porque tornaram-se tão comuns? Tão normais...? Tão normais quando deveriam ser aplaudidas e admiradas por serem tão perfeitas? Nos preocupamos com bobagens. Complicamos quando deveríamos viver... Admirar a perfeição da vida, do mundo... Da vida...
A chuva... Os pássaros... As crianças...
O vento em nossas faces... Os sentimentos que as músicas, com suas melodias perfeitas, nos passam... Tudo lindo...
Tudo... perfeito...

Decisões...

Porque a vida é tão difícil?? Ou será que ela é tão simples que tendemos a complicá-la? De verdade não faço ideia... Só sei que todos os dias temos de tomarmos decisões. E o pior é que, em alguns dias, temos de nos decidirmos por algo mais decisivo e radical. E é exatamente aí que mora o perigo.
Sinceramente, hoje eu não sei o que fazer da minha vida... Tenho duas opções. Opções essas que podem, ou melhor, vão mudar a minha vida para sempre. Aí eu me pergunto: o que fazer? Como saber se essa ou aquela é a decisão correta e mais plausível a ser tomada? Aí respondo: eu não sei. Não sei...
Poxa, às vezes parece tão fácil. Pra quem está nas arquibancadas também parece ser tão fácil, uma vez que, nessa posição só sabemos criticar e dizer "eu teria feito diferente". Duvido! Duvido que seja tão fácil para as outras pessoas. Mas... poxa! Porque simplesmente não podemos nos decidir por aquilo que, verdadeiramente, queremos? Porque nos preocupamos tanto com a opinião dos outros mesmo quando dizemos que não? Será que vale a pena deixar de viver a minha vida, de optar por esquecer e desistir do que realmente quero simplesmente porque penso que as pessoas não vão entender? Será que eu não sou, de fato, livre? Às vezes parece que não. Que eu faço o possível para sentir-me livre diante do mundo mas não consigo ser livre da minha mente. Minha mente deficiente e ignorante que se preocupa tanto com a aparência que eu vou causar, mesmo que a minha felicidade esteja em jogo. Não! Isso não é justo! Não é justo eu ter tanto medo de dizer "poxa, eu tava errada. Errei, como todo mundo. E talvez errarei novamente. Cometerei o mesmo erro. Mas é porque eu estou tentando ser feliz..." É tão simples... E não tenho coragem... Assim como muita gente não tem coragem e deixa de se decidir pelo que quer. Está na hora de criar coragem e deixar de ser fraca... Vou fazer exatamente o que quero, mesmo que seja vista pelos outros como apenas mais uma pessoinha que não entende nada... Mais uma pessoa "normal", que vive uma vida "normal", quando tudo poderia ser diferente. Só quero ser feliz... e estou a um passo disso. Sejamos livres..., independentemente de tudo...

Eu, Herói

O mundo...
A vida...
O mundo e a vida...
Tão parecidos...
Tão diferentes...
Tão pertos... E, mesmo assim, tão longe...
Achava que conhecia a vida porque conhecia o mundo... Hoje, descobri que não conheço o mundo porque não conheço a vida... O desespero vem... A solidão chega... O medo de prosseguir sufoca. Então, descubro a força que habita meu ser. Descubro o leão. Descubro o herói. E sinto surgir uma coragem ímpar de continuar. Uma certeza de que tudo vai passar. De que ainda não é o fim. E aprendo que o fim chega quando queremos que chegue. Que não precisamos conhecer a vida, tampouco o mundo. Só precisamos conhecer o herói que há em cada um de nós.